Tuesday, October 31, 2017

PANNUNZIO USA A BAND PARA DOUTRINAÇÃO IDEOLÓGICA

Pannunzio não é só ateu, mas é um ativista contra Deus, contra a família e a favor das drogas. 
Todos os dias ele manipula a programação da Radio Bandeirantes para pregar suas ideologia. 
A chefe de Jornalismo, Taís não manda em nada, é um poste. 
Claudio Humberto e Pannunzio foram separados dentro do programa em horarios diferente 
porque o safado do Pannunzio queria doutrinar contra a Policia etc e Claudio Humberto entrava 
em atrito com ele frequentemente. (Escriba de Cristo)
Pannunzio dá show de mau jornalismo na entrevista com Holiday
Depois de ler algumas postagens sobre a entrevista do repórter Fábio Pannunzio, da Rádio Bandeirantes, com o vereador Fernando Holiday decidi buscá-la na internet.
Boa parta da minha timeline estava exultante com o fato de Pannunzio ter colocado “o moleque fascista” no seu devido lugar.
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Então, eu que acho Holiday um garoto de caráter duvidoso e que a partir da leitura da matéria do BuzzFeed passei a ter convicção que ele praticou sim, caixa 2, como, aliás, praticamente todos vereadores da atual Câmara de São Paulo devem ter feito, vou ouvir a entrevista.
E eis que saio dela com a convicção que Holiday não foi o canalha da vez naquele show de horrores produzidos numa concessão de rádio, mas sim o colega de profissão, Fábio Pannunzio, que de maneira autoritária tratou Holiday não como um entrevistado, mas como um safado que estava ali para tomar umas bordoadas ao vivo e divertir sua audiência.
O jornalismo capanga, clássico nos programas policias da tarde, veio para a política de uma forma acintosa nos últimos tempos.
E produziu, por exemplo, gente como Marco Antonio Vila, que todos os dias atacava o ex-prefeito Fernando Haddad como se fosse um delegado de polícia xingando um estuprador.
Pannunzio está buscando ser o Vila da Band. E isso cada dia isso fica mais claro. Nas poucas vezes que lhe ouvi nos últimos tempos ele fica vociferando opiniões sobre tudo e todos. E sempre falando do alto de uma soberba e como se fosse o pastor de um templo de isenção.
Jornalismo não é isso. É algo um pouco mais sofisticado.
Ter opinião é absolutamente natural, fazer de conta que ela é verdade absoluta é outra coisa. Não tem nada a ver com jornalismo e é extremamente perigoso se praticado por pessoas ambiciosas, como parece ser Pannunzio.
Na entrevista com Holiday, ele exige que o entrevistado diga o que ele quer ouvir. E como isso não acontece, o trata como se fosse um moleque chegando ao ponto de lhe cortar a voz ao mandar derrubar a ligação.
Não gostar das opiniões de Holiday ou das explicações que ele dá para a matéria do BuzzFeed, muito bem feita por sinal, não me fará associar a este tipo de jornalismo fascista.
Quem conhece um pouco dos ambientes de redação sabe o que é lidar com esse tipo de profissional como Pannunzio demonstra ser. E sabe também quanto este tipo de postura de briguento de botequim e não de jornalista influencia de forma negativa a formação dos jovens que estão chegando na área.
E faz com que eles ao invés de estudarem, prefiram treinar como gritar mais alto decorando frases baseadas no senso comum.
Em suma, o que Pannunzio fez com Holiday é pior do que o caixa 2 denunciado pelo BuzzFeed. E faz mais mal para a sociedade. Porque se todos os jornalistas começarem a se comportar como ele, acabou-se qualquer possibilidade de a mídia ser um espaço minimamente democrático.

Monday, January 30, 2017

LIVRO: COMO SE VESTEM OS SANTOS

Livro publicado pelo CENTRO DE EVANGELISMO UNIVERSAL.

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Este livro é um tratado de ética sobre vestes e ornamentos para cristãos santos. Os santos de Deus, são pessoas separadas, a palavra santo significa isso mesmo: Separado. De forma que aqueles que querem servir a Deus devem ter um proceder diferente dos homens ímpios. A apresentação exterior de um santo se vislumbra nos seus trajes e ornamentos. A simplicidade, a modéstia são enaltecidas em cada detalhes. Por outro lado o santo de Deus repudia todo tipo de roupa, moda ou ornamento que desperte o apetite sexual. Cristã se veste não para passar na rua e ser considerada “gostosa”, mas inibir os maus caracteres pela pureza, santidade e sobriedade. Infelizmente não dá mais para diferenciar uma cristã de uma mulher mundana e desta de uma prostituta. Cada um viva como quiser e de acordo com sua consciência, se vista como quiser e também se não quiser vestir-se tudo bem, mas quem tem compromisso com Deus deve mudar seu guarda-roupa.

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Número de páginas: 156

Edição: 1(2016)

ISBN: 978-1534819092

Formato: A5 148x210

Coloração: Preto e branco

Acabamento: Brochura c/ orelha

Tipo de papel: Offset 75g




LIVRO: 101 MARAVILHAS DE DEUS - VOLUME IV

Este livro pode ser lido gratuitamente abaixo, baixar em download no slideshare, ou você pode comprar em formato e-book ou impresso pelo clubedeautores.com.br ou amazon.com.br


Continuo em minha saga em investigar o mundo, os sentimentos, os animais, plantas e outros seres vivos procurando vestígios que indiquem que tudo isso não esta diante dos nossos olhos por acidente, por evolução cega, aleatória e burra, mas que o mundo revela que existe uma mente brilhante que o projetou e que criou leis naturais para fazer o grande mecanismo do universo funcionar automaticamente. Percebemos claramente que são milhões ou bilhões de engrenagens que fazem o universo funcionar. Não podemos falar muito do universo porque o nosso conhecimento é mínimo sobre os corpos celestes e as possíveis criaturas que infestam o infinito. Mas o planeta Terra possui um acervo de variedade de espécies de vida que é estarrecedor. Enquanto os cientistas procuram algum vestígio de vida no universo, mesmo que seja uma bactéria, aqui na Terra são tantas espécies de vida que ainda não catalogamos todas. Mas todas as criaturas possuem características peculiares e tecnologias biológicas embarcadas que só podem ter surgido porque foram criadas no laboratório espacial de Deus.
Categorias: Ciências Da VidaCiências Da TerraCiência AmbientalCiências BiológicasCiênciaAnimais 
Palavras-chave: biologia, criacionismo, deus, natureza

Características

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Número de páginas: 119

Edição: 1(2017)

ISBN: 978-1542709279

Formato: A5 148x210

Acabamento: Brochura c/ orelha

Tipo de papel: Offset 75g

Tuesday, January 24, 2017

FABIO PANNUZIO O ATEU DOUTRINADOR

Desde que em 2016 a radio Badeirantes passou a ter a presença de Fabio Pannuzio nos quadros da radio, primeiro em uma programação de manhã, e depois a tarde nos Bastidores do Poder. Eu realmente perdi a paciência com a Radio Bandeirantes. A despeito que ainda sobra alguns comentaristas bons como Claudio Zaindan. Aqui esta inclusive uma diferença abissal. Enquanto Claudio Zaidan é um adorador de Deus, o Fabio Pannuzio é um doutrinador do ateismo, defensor da liberação das drogas para fins recrativos, crítico da Polícia, Algoz de Donald Trump e de Jair Bolsonaro. Lógico quem defende os bandidos que precisam ser tratados como "humanos", não é a favor dos que querem pena de morte para criminosos. A pena de morte esta inserida na natureza. A morte é o fim de todos, e é dever dos governantes eliminar aqueles membros que matam e roubam os demais cidadãos. Fabio Pannuzio é feroz contra os policiais, mas complacente com os bandidos que se matam no presídio. 

Monday, August 8, 2016

PROIBIDO CRITICAR PAULO FREIRE

msmalexpfNesta sexta-feira, 05, participei do programa de debates “FlaXFlu” da TV Folha. Lá estive para defender o projeto de lei Escola Sem Partido. Marco Antônio Carvalho Teixeira, professor de administração pública da FGV-SP, falou contra a proposta.
O debate ocorria de forma absolutamente civilizada até que, nos minutos finais, cometi uma heresia: chamei Paulo Freire, o patrono da educação brasileira, de charlatão.
O professor Marco Antônio Teixeira imediatamente reagiu, extremamente ofendido, como se eu tivesse lhe faltado pessoalmente com o respeito. Longe disso!
Ora, os adversários do Escola Sem Partido nos acusam justamente de tentar cercear ou mesmo impedir o “pensamento crítico” (ignorando o fato de que o projeto de Lei fala abertamente em princípios como pluralismo de ideias e liberdade de crença).

LIVRO: FORMIGAS, Maravilhas de Deus

Livro: Formigas, maravilhas de Deus está publicado em várias livrarias virtuais, entre elas:
amazon.com.br e clubedeautores.com

O autor também disponibiliza para ser lido online aqui, ou para download no slideshare.

Formigas não vivem sozinhas, só em sociedade. De 3 a 5% dos animais vivem em sociedade. São justamente estes animais que possuem mais poder no planeta. A sociedade das formigas é tão organizada quanto a do homem. Mas não há drogas, malandragem, assaltos, sequestros, e outras mazelas da corrupção humana. Nada de viciados e bêbados. A distribuição das tarefas são seguidas a risca pelos seus membros. A Bíblia só fala das formigas duas vezes, e Deus manda os homens observarem as formigas para aprenderem com elas como viverem em sociedade. Deus equipou as formigas com uma estrutura fisiológica capaz de sobreviver e ainda impor respeito no planeta, mesmo sendo tão pequena. Máquinas vivas tão eficientes como as formigas não são obras de evolução aleatória, mas de um planejamento científico e metodológico da mente de Deus.
Categorias: Répteis, Anfíbios & Terrarium, Ciências Biológicas, Animais
Palavras-chave: animal, deus, entomologia, formiga, inteligência

Características

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Número de páginas: 116

Edição: 1(2016)

ISBN: 1536865540

Formato: A5 148x210

Acabamento: Brochura c/ orelha

Tipo de papel: Offset 75g

Wednesday, May 18, 2016

RICARDO BOECHAT O BOSTA

O jornalista Boechat não merece meu respeito, alguém que fala o que ele falou no ar sobre o Pastor Silas Malafaia, não merece nem ser visto, e a emissora Band por não puni-lo, mostra que devemos boicota-la.

O cinismo de Ricardo Boechat contra Rachel Sheherazade

Por: Felipe Moura Brasil  
Não satisfeitos com a censura à Rachel Sheherazade, militantes e idiotas úteis colocam na conta da apresentadora do SBT os mortos em justiçamentos, atos dos quais se têm registro no país pelo menos desde a primeira metade do século XVIII (e que renderam em 2008, por exemplo, matérias como esta do Estadão), mas que passaram a chamar a atenção da imprensa esquerdista após Sheherazade ter julgado nada mais que “compreensível”, nunca justificável, o caso do bandido amarrado no poste, que voltaria a assaltar semanas depois.
O doutor Drauzio Varella, aliás, contou em artigo recente que perguntou a um dos detentos do antigo Carandiru, que levava o corpo de um estuprador com mais de 40 facadas à enfermaria, por que razão eles respeitavam o assassino de um pai de família, enquanto barbarizavam o estuprador. Segue o trecho com a resposta e o comentário de Varella:
– Quem mata uma pessoa pode passar o resto da vida sem matar mais ninguém. O estuprador vai sair daqui e atacar outra mulher, que pode ser a sua filha ou a minha irmã. Esses caras são anormais.
Não lhe tiro a razão. De fato, aceitamos com mais condescendência um assassino do que o estuprador. O estupro é o mais abjeto dos crimes. 
Pronto. Drauzio Varella “não tirou a razão” dos justiceiros presidiários. Não tirar a razão de alguém é até pior do que julgar “compreensível” o ato. Entre compreender e justificar há uma distância maior do que entre não tirar a razão e justificar, já que a razão, se não é tirada, é NO MÍNIMO compreendida. Vamos responsabilizar Drauzio Varella por todos os homicídios de estupradores também? Claro que não. Qualquer ser alfabetizado funcional e moralmente nota que ele quis apenas compreender o raciocínio do detento ou simplesmente concordou com a anormalidade dos estupradores. Mas, se Sheherazade ou qualquer outro “reaça” tivessem dito tal coisa dessa forma, o mundo cairia em cima, como continua caindo no caso dela.
Ricardo Boechat já havia declarado que as opiniões da apresentadora eram “uma bosta”; e agora, após a matéria sobre o linchamento de uma mulher no Guarajá, litoral de São Paulo, atingiu o ápice do cinismo com este comentário que transcrevo e comento abaixo:
Esse crime aí, minha gente, tem tanta responsabilidade nele o autor do boato espalhado pela internet – assinou embaixo ‘Guarujá Alerta’ não sei o quê – quanto pessoas que, mesmo em emissoras de TV, estimulam a cultura da justiça com as próprias mãos. Isso está dentro do mesmo panorama que propicia, que estimula, que justifica linchamentos aí, como o que nós andamos vendo recentemente em várias cidades do país, ou tentativas de linchamento. É hora dessas pessoas, agora, virem a público e dizerem como se sentem diante da consumação de sua própria teoria na prática.
Que autoridade moral tem Ricardo Boechat para mandar indireta à Sheherazade, que nunca “estimulou” justiça com as próprias mãos coisa nenhuma, como dezenas de vezes esclareceu no próprio SBT muito antes deste linchamento, ao contrário dele, o jornalista que ficou famoso em 2013 por ter endossado o quebra-quebra e os ataques em manifestações que resultariam na morte de seu próprio colega de emissora, o cinegrafista Santiago Andrade? Transcrevo abaixo o principal trecho de um dos vídeos mais vexaminosos da história do jornalismo brasileiro:
(…) Essa realidade vai mudar (…) se a população atacar, partir pro contra-ataque. Eu sou favorável a arranhar carro de autoridade, eu sou favorável a jogar ovo, eu sou favorável a revolta, a quebra-quebra, o c@*@lho. ‘Ah, isso é vandalismo!’ Vandalismo é o cacete! Vandalismo é botar as pessoas quatro horas na fila das barcas todo dia (…). Vandalismo é tu roubar feito um condenado o dinheiro público (…).
Só faltou dizer, como o psolista Francisco Bosco, que “Os saqueadores me representam“. É este amante da democracia que quer responsabilizar Sheherazade pela morte de uma inocente? Sei que há idiotas úteis, desprovidos de senso das proporções, para ler os comentários de ambos e dizer: “Ah, os dois estão errados…” Mas Boechat não achava simplesmente “compreensível” a revolta. Ele estimulava os vândalos a atacar de várias formas os seus inimigos e ainda dava margem a outras. Se quebra-quebra, arranhar carro e até jogar ovo estavam entre as sugestões declaradas para aquelas supostas vítimas do Estado, por que afinal o rojão que acabou matando Santiago não estaria incluído naquele “c@*@lho”?
(Não era Boechat – neste outro áudio que prefiro nem trazer para o blog – quem sugeria ao helicóptero da Band sobrevoando o aeroporto de Congonhas que “talvez pudesse jogar um TIJOLO ou alguma coisa, [ou] fazer um pipi nessas duas viaturas da Polícia Militar de São Paulo”? O que é um TIJOLOarremessado de um helicóptero perto de um rojão solto na praça?)
“Diante da consumação de sua própria teoria na prática”, Boechat se saiu assim:
Olha, sem dúvida setores do aparato repressivo oficial da polícia e setores irracionais infiltrados no movimento popular odeiam a liberdade, odeiam portanto o trabalho de uma imprensa livre. Mas eu particularmente acho o seguinte: um rojão daquele não tem endereço. O cara acende e manda pro destino. Atingiu o Santiago, nosso companheiro. Podia ter atingido uma criança, teria matado. Podia ter atingido uma mulher grávida, um idoso. Aquilo ali é um tiro disparado em direção a seja lá quem for. E de vez em quando encontra um destino.
Uau! Que descoberta lamentavelmente tardia, não? Boechat jura mesmo que “um rojão daquele não tem endereço”? Mas por que os ovos teriam? Por que as vidraças e os escombros do quebra-quebra igualmente teriam? Por que os TIJOLOS teriam? Desculpe, mas sou obrigado a dizer: por que “o c@*@lho” teria? Por que, em suma, os cidadãos inocentes – crianças, mulheres grávidas, idosos, mas também jornalistas – estariam protegidos contra os perigos resultantes do caos estimulado?
Era tão difícil assim prever uma tragédia?
Que autoridade moral tem Ricardo Boechat para falar em “setores irracionais infiltrados no movimento popular” se, irracionalmente, ele estimulava os próprios populares a atacarem com meios semelhantes? E como um jornalista que reagiu tão cinicamente às consequências do que ele mesmo pregava pode exigir que uma colega de profissão – atualmente calada pelo governo! – venha a público dizer como se sente em relação àquilo que ela nunca pregou?
Muito bonzinho que sou, darei a ele uma última e enorme chance de se explicar no áudio abaixo. Enquanto as Jandiras da imprensa e da internet condenam Sheherazade sem jamais voltar à sua frase original, muito menos a seus esclarecimentos posteriores, a fim de fomentar o ódio puro e simples contra a apresentadora, eu faço questão de exibir o discurso dessa gente.
Após citar os casos de Santiago Andrade (morto) e outros jornalistas feridos, ele diz:
(…) Os caras vão pra lá para imprimir uma forma de ser, uma forma de agir, que é o predomínio da estupidez sobre qualquer outra [forma]… ‘Ah, Boechat, você não é a favor do radicalismo?’ Sou. Mas radicalismo não é estupidez. Radicalismo é você levar adiante seus objetivos, mesmo numa correlação de forças desfavorável, ou você acentuar a tua luta quando a situação é favorável. Ninguém jamais aqui me ouviu de dizer que eu fui contra a ocupação da câmara dos vereadores. Pelo contrário! Várias vezes entrevistei os manifestantes que lá na câmara estavam… ocupando a câmara lá dentro. É só ouvir, está lá arquivado até hoje. Várias vezes… Quando tentaram fazer invasão da assembleia legislativa, do congresso nacional, eu nunca me posicionei contrário a isso.
Eu defendi numa entrevista do Pato com Laranja – está lá nas redes até hoje e tal -, eu digo [na entrevista] “Tem que botar pra quebrar mesmo” e tal. Agora: não é em cima do outro cidadão, não é em cima do patrimônio privado, não é em cima do orelhão que todos usamos, não! Referência no sentido de radicalizar o enfrentamento com o Estado. É botar o Estado de joelhos diante da sociedade, através da mobilização popular. E isto vai ser feito não graças a grupos como esse, truculentos, que assustam a sociedade, que intimidam a sociedade, que afastam a população dos movimentos. Não é isso! Se o movimento popular como um todo sobe o tom de sua pressão sobre o Estado, como vinha fazendo em junho e julho, e resolve tomar prédios públicos, ocupar áreas públicas e tal, em massa, nas ruas, famílias, trabalhadores e tudo mais, aí desculpe: você tem o apogeu de qualquer luta popular, é exatamente este ápice que se está procurando. É a inversão, a troca de eixo de poder… deixa de ser Sua Excelência e passa a ser o cidadão. E aí a Sua Excelência passa a ter que fazer o que o cidadão quer. É a voz das ruas impondo a sua vontade. Nesse sentido, eu sou absolutamente radical. Sou a favor do movimento popular radical. Radical! Partir para dentro dos caras. Partir! Mas não tenha dúvidas: se ocuparem o Congresso, eu estou pouco ligando, jamais faria uma crítica. Agora: quebrar o orelhão, quebrar a vitrine da loja de lingerie, dar porrada em jornalista, tacar fogo em carro da imprensa, aí o cara tá cuidando de uma pauta DELE!”
Como se a pauta do suposto movimento popular fosse da sociedade inteira, não é mesmo?…
E como se as manifestações não tivessem sido violentas desde o primeiro dia.
“Os Black Blocs cuidam de uma pauta deles, movidos a frustração, à palmada na bunda que a mãe deu na hora errada, a questões de sexualidade mal resolvida. Só posso acreditar que é isso. É um bando de gente raivosa, que tem raiva da sombra, da mãe, do pai, do tio e tal, e que querem que a sociedade aja dentro deste receituário, sociedade que eles veem como inimiga! Tudo é inimigo deles! A começar por aqueles que pregam a necessidade de ser respeitado o direito à livre manifestação e à livre opinião. Eles não toleram isto. Eles são fascistas, eles são milicianos, têm práticas criminosas e merecem cadeia. Merecem cadeia.
Antes da morte de Santiago, Boechat pregou o quebra-quebra naquela entrevista. Depois da morte de Santiago, descobrimos que havia uma série de limitações para o quebra-quebra pregado. Só faltou ao radical confesso Boechat escrever o seu “Minimanual da guerrilha” à moda Marighella, para explicar os detalhes das violências permitidas e proibidas. Contra o Estado, sim; contra as pessoas e propriedades privadas, não. A dúvida sobre como essas pessoas e propriedades estariam imunes a rojões ou qualquer artefato direcionado às forças do Estado permanece sem explicação (assim como aquela, de que falei nocaso de Bosco, sobre qual é, e como pode ser medido, o limite de insatisfação que justifica os atos de vandalismo).
Nelson Rodrigues dizia: “Não estarei insinuando nenhuma novidade se afirmar que nunca houve uma multidão inteligente.” Boechat devia acreditar que há multidões não só inteligentes como também “snipers”, capazes de acertar seus ataques sempre na mosca, sem afetar mais ninguém. Nelson dizia ainda: “Nunca houve inteligência coletiva, trezentas pessoas reunidas constituem um bloco monolítico de incompreensão, frequentemente de estupidez.” Boechat não aprendeu a lição, mas, qualquer coisa, ele responsabiliza os “setores irracionais infiltrados”.
Nestes pontos, o que ele tem de diferente dos esquerdistas que há décadas legitimam moralmente todos os crimes e ainda querem acusar os outros de fazê-lo?
Nada, é claro. Todos continuam linchando os neurônios e o caráter do povo.
Felipe Moura Brasil – http://www.veja.com/felipemourabrasil